Pensando o Fazer Discipulado – Tocha Acesa.
Certa vez ouvi uma frase de um homem experimentado naquilo
que ensinava: “Na CÉLULA vivemos o tempo
do que se chama “namoro”, mas quando entramos na dimensão do DISCIPULADO, é aí
que se manifestam as verdades do “casamento”
onde as realidades, confrontações e aperfeiçoamentos se mostram exigentes.”
Entendo que O FAZER DISCIPULADO não deveria ser um ambiente
de “amiguinhos”, mas sim um lugar onde os “brinquedinhos da imaturidade” devem
ser esquecidos e de que agora temos diante de nós as vidas que foram confiadas
para serem modeladas no CARÁTER DE CRISTO. Enfim, é deixar de ser menino –
Discípulo e Discipulador– I Co.13:11.

Quando Jesus nos enviou para FAZER DISCÍPULOS creio que Ele estava
PROVOCANDO UM ENCONTRO. Um encontro de DUAS PESSOAS para transformação e não de
apenas de uma, no caso o alvo, o Discípulo. Imagino que pensar diferente disso,
é pensar torto. Uma balança precisa de dois pratos: aferidor e aferido e que
alternam, muitas vezes, quem está sendo aferido. Tem que haver um olhar para os
dois lados: peso e pesado. Isso porque, mesmo JESUS – nossa maior referência de Discipulador
– foi exposto a um processo de aperfeiçoamento e aprendizado no lidar com o
humano, nas debilidades e limitações
mesmo sendo ele Filho maduro – Hb.5:8,9.
Por vezes podemos até nos surpreender com atitudes de quem
imaginamos já ter alcançado uma medida maior – O Discipulador. Como exemplo, tomemos
João Batista. Ele foi um homem que marcou um tempo incrível na transição da
profecia bíblica: da virtualidade para a realidade quando finalmente revela O
Cordeiro de Deus. Quantos não gostariam de estarem presentes naquele então abandonado
deserto da Judéia e contemplar “o maior furo de reportagem guardado a sete
chaves dos últimos 4000 anos”?
João Batista era um Profeta e também Discipulador. Como tal, ele tinha
junto de si homens para serem forjados no
caráter da revelação que ele anunciava: Jesus. Existe um episódio intrigante e
que revela uma face de sombra e de desconfiança no Discipulador João Batista. Ele
envolve, desastradamente, seu Discípulo numa sombra, numa demanda que era dele
e não do Discípulo – Leia Lc.7:19-23. Que tipo de influência João Batista estava gerando em seu discípulo neste episódio? Aproximou-o mais da revelação de Jesus?
Incentivou-o a seguir a Jesus, crer em Deus, descansar na revelação do Espírito
Santo e no fenômeno da voz dos céu e da pomba que pousou sobre Jesus? Responda voce mesmo! Neste
episódio, o coração do Discipulador se revela. Jesus, a luz que ilumina, acende
a tocha da verdade diante do Discípulo enviado e do Discipulador enviador. Isto me ensina que Discípulos não podem ser
agentes continuadores das nossas inconsistências e dúvidas. Por que João Batista, ele mesmo, não foi até
Jesus diretamente? Estava preso? Talvez! Onde se originou a dúvida de João
Batista? Na prisão somente? Não sei! É
fato que o Evangelho de Mateus diz que João estava na prisão quando mandou
perguntar, mas Lucas não reafirma esta citação em seu texto.
Concluindo, O FAZER DISCIPULADO não é um lugar de amenidades e grupelhos,
mas de formação e adequação. Discípulos são para Jesus. É Fácil? Não! Impossível? Jamais! Uma coisa entretanto,
é certa: quanto mais luz no FAZER DISCIPULADO, menos sombras; quanto menos
sombras, menos virtualidade e mais realidade. Diante da Luz o véu é
desnecessário, sem sentido; é peça teatral. Diante da Luz só vale rosto descoberto, senão a
tocha vai embora da presença do Discipulador e do Discípulo pois já não tem
sentido estar.
That's All!
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